Gravação de música negra da Original Dixieland Jass Band realizada por músicos brancos para a editora Victor
Guimarães Jazz volta para celebrar 100 anos do primeiro disco do género

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Novembro é mês de Guimarães Jazz no Centro Cultural Vila Flor e na cidade que viu nascer Portugal. Este ano, 2017, mais uma vez a cidade recebe o festival que vai já na sua 26ª edição. Desta feita, os 100 anos decorridos desde a gravação do primeiro registo discográfico de jazz são o mote para a linha definidora do programa deste ano.
O Jazz nasceu em New Orleans, e no sul dos Estados Unidos, bem antes de 1917. O ragtime foi o género musical, de tipo popular, que lhe deu origem. Este era tocado por negros durante as suas festas, os seus bailes, em finais do Séc. XIX / inícios do Séc. XX. No entanto, aquele que é considerado o primeiro disco de Jazz, gravado pela Original Dixieland Jass Band, na etiqueta Victor, gravado em fevereiro e editado em maio desse mesmo ano, é produto de uma banda constituída por brancos, sinal do evidente racismo que se vivia naquele país. Boa música, no entanto, há que o dizer.
“A gravação da Original Dixieland Jass Band corresponde, numa dimensão simbólica, à fundação de uma linguagem musical autónoma. A partir desse momento, a história do jazz mudaria para sempre”, refere Ivo Martins, da organização do festival.
Acrescenta ainda que o Guimarães Jazz se propõe “captar uma visão panorâmica do passado para (…) identificar neles os sinais que apontam para o futuro, ainda desconhecido, desta música. Cartografar a memória é radiografar o presente.”
Este festival de Guimarães, organizado pela Associação Convívio, Cooperativa A Oficina e pela respetiva Câmara Municipal, tem conseguido, desde o início, aprofundar a divulgação do jazz, através da qualidade dos projetos artísticos apresentados.
Do diversificado programa, destacamos entre outros, os concertos de Neils Cline com a Orquestra de Guimarães, que apresentará o seu último trabalho “Lovers”, de 2017, no concerto de abertura, a All Star Orchestra, que inclui James Carter e apresentará “Jazz – The Story, no segundo dia, Andrew Cyrille, com “The Declaration of Musical Independence”, de 2016, Jan Garbarek e Trilok Gurtu, imagem de marca da ECM. Do programa constam ainda as habituais parcerias com o Porta-Jazz, jam sessions e oficinas de jazz.
Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais e têm preço variável, entre 5,00 eur e 15,50 eur, podendo também ser adquiridos sob a forma de caderneta. Se ainda não tem e reside na área do Quadrilátero Cultural, talvez esteja na altura de obter o seu cartão; os bilhetes custam apenas metade do preço.
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Imagem: GJ
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